domingo, 31 de julho de 2011

Nacional

QUEM FICA COM A METADE DO BOLO?

Você trabalhador conhece a saúde e a educação pública no país. Certamente já ficou indignado em um hospital ou escola pública. Sabe que os hospitais estão lotados e que o atendimento é ruim. Deve ter alguém na família que não conseguiu ser atendido, com consequências sérias. Também conhece algum trabalhador da saúde e sabe que eles ganham pouco e trabalham muito.

Com toda certeza sabe da situação das escolas públicas. Você mesmo sofreu, assim como seus filhos hoje, com a qualidade ruim do ensino público. As escolas de seu bairro seguramente têm problemas com a conservação e com a segurança. Você vê os professores fazendo greve querendo salários melhores.


É justa sua indignação com a situação da educação e da saúde públicas. É claro que falta dinheiro para a manutenção e ampliação dos hospitais e escolas, assim como para aumentar os salários dos profissionais de educação e saúde. É bem provável que apóie Dilma, como a maioria dos trabalhadores do país. E acha que ela não tem nada a ver com isso, ou que ainda não teve tempo para mudar a situação.

Mas ninguém disse a você que, com o orçamento aprovado por Dilma para seu governo em 2011, a situação dos serviços públicos vai piorar. O primeiro orçamento de Dilma separa 49,5% de tudo o que é arrecadado no país, entre impostos e taxas, para os banqueiros. Enquanto isso, apenas 2,92% vai para a educação e 3,53% para a saúde. Os seja, quem vai ficar com a metade do bolo são banqueiros.

Isso nunca aconteceu, é como se você tivesse entregando metade de todo seu imposto de renda e das taxas sobre os produtos que você compra para os bancos. É por isso que falta dinheiro para a saúde e educação. Tudo isso deve ser uma grande surpresa. Afinal, Lula disse que "pagou a dívida" e que não devíamos mais nada. Mas isso, infelizmente, não é verdade, e agora o governo tem de esconder que a dívida está maior do que nunca, e para pagá-la tem de gastar metade do orçamento com os agiotas da dívida.

Na verdade o que o governo Lula fez foi aumentar as reservas internacionais em dólares, em um volume semelhante ao da dívida externa. Ou seja, as reservas do país seriam suficientes para pagar a dívida. Mas a dívida continua aí. Não foi paga, como dizem. A dívida externa continua altíssima e, pior, agora existe uma dívida interna ainda maior.

Os trabalhadores são sérios com suas contas. Quando você compra uma geladeira, um televisor, paga suas prestações. Os defensores do governo fazem essa comparação para defender que se continue pagando a dívida do país com os banqueiros. No entanto, existem duas grandes diferenças.

A primeira é que não existe uma “geladeira”, ou “televisor”. Não foram os trabalhadores que fizeram essa dívida, e ela não beneficiou em nada os trabalhadores. Ao contrário, nem você e nenhum trabalhador sequer sabe da existência dessa dívida, apesar de termos de pagar por ela todos os dias.

A segunda diferença é que essa é uma típica dívida de agiota, daquelas que quanto mais se paga, mais se deve. A dívida externa era de 148 bilhões de dólares no início do governo FHC. Em seus dois governos, Fernando Henrique pagou U$ 348 bilhões, ou seja, mais que duas vezes seu valor total. Mas a dívida externa aumentou para US$ 236 bilhões ao final do governo FHC. Hoje está em 284 bilhões de dólares.

Em relação à dívida interna é a mesma coisa: era de R$ 670 bilhões no começo do governo Lula. Em seus dois governos, Lula pagou cerca de dois trilhões de reais em parcelas e juros aos banqueiros, ou seja, três vezes o valor da dívida que encontrou. No entanto, a dívida aumentou para outros dois trilhões de reais.

É como se um banco começasse a cobrar uma dívida a todos os moradores de seu bairro. Uma dívida que nenhum deles fez. Para pagar essa dívida, os salários dos trabalhadores são cortados, assim como o dinheiro para conservar as escolas e hospitais. Esse pesadelo é real: você está sendo roubado todos os dias em seu salário, na educação e na saúde pública a que tem direito, para pagar uma dívida que não fez.

Os defensores dos banqueiros dizem que não se pode dar um calote na dívida. Mas defendem o que está sendo feito hoje, que é um calote social. Existe um calote social de enorme crueldade, que sacrifica a vida, a educação e a saúde de milhões de trabalhadores para garantir que não haja um calote nos banqueiros. Os governos FHC, Lula e agora Dilma se recusam a enfrentar os banqueiros e preferem continuar sem investir seriamente na saúde e educação.

Você ainda acredita no governo Dilma. Mas pode e deve, junto conosco, exigir que ela pare de pagar aos banqueiros e destine já 10% do PIB para a educação como reivindicam as entidades da educação, como o ANDES-SN e a ANEL. Pode e deve, junto conosco, reivindicar um investimento mínimo de 6% do PIB para a saúde. Assim, as verbas para a saúde e educação poderiam ser mais que dobradas.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Trabalho Infantil

Mais de 80 mil menores trabalham no RN

O Rio Grande do Norte é o décimo estado do Brasil que tem mais crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, trabalhando. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, são 82.195 vítimas do trabalho infantil no estado. A meta do governo para este ano é retirar 240 crianças desta situação. Nesse ritmo, levaremos quase 35 anos para acabar com o trabalho infantil no RN. Governadora Rosalba, será que as crianças esperam?

Esporte

FINAL DO 1º CAMPEONATO DE FUTEBOL SOCIETY DO SINDSAÚDE MOSSORÓ ACONTECE NESTE DOMINGO

O 1º Campeonato de Fubetol Society do Sindsaúde Mossoró está chegando ao fim. O jogo de encerramento do torneio que homenageia o saudoso servidor Raimundo Orlando acontecerá neste domingo, dia 31 de julho, às 8 horas, na Associação do HRTM. A final será jogada pelas equipes de Felipe Guerra e do Tarcísio Maia, que saíram vencedoras de seus últimos confrontos. No dia 24, Felipe Guerra atropelou o Rafael Fernandes por 4 a 0. No mesmo dia, o Tarcísio Maia passou pela equipe de Assú vencendo por 4 a 1.

sábado, 23 de julho de 2011

Esporte

1º CAMPEONATO DE FUTEBOL DO SINDSAÚDE MOSSORÓ SE APROXIMA DA RETA FINAL

No dia 24 de junho, ocorreram as quartas de final. Na primeira, vitória de Felipe Guerra sobre o Tarcísio Maia por 3 a 0. No segundo jogo, Rafael Fernandes venceu Apodi por WO.

Agora, no próximo dia 24 de julho, serão disputadas as semifinais. Felipe Guerra enfrenta o Rafael Fernandes e o Tarcísio Maia pega Assú. No dia 31 de julho, é a grande final. Os jogos acontecem sempre aos domingos, às 8 horas, na Associação dos Servidores do HRTM.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Desrespeito

PREFEITO DE FELIPE GUERRA CONTINUA ATRASANDO SALÁRIOS DOS SERVIDORES

O prefeito de Felipe Guerra, Braz Costa (PMDB), continua atrasando os salários dos servidores da saúde do município. O respeito ao mais básico direito do trabalhador, que é receber em dia, é constantemente ignorado pela Prefeitura. Desta vez, é o salário de junho que está em atraso. No último dia 4 de julho, o Sindsaúde Mossoró reafirmou a denúncia da falta de pagamento junto à Justiça da comarca de Apodi e espera agora o juiz convocar uma audiência com o prefeito e o sindicato.

Entretanto, o Sindsaúde faz um alerta aos trabalhadores de Felipe Guerra. É preciso deixar de lado o medo de lutar. É preciso seguir o exemplo da professora Amanda Gurgel e dos bombeiros do Rio de Janeiro, que não tiveram medo de enfrentar seus patrões.

Aedes aegypti

RN TEM MAIS DE 15 MIL CASOS DE DENGUE NOTIFICADOS

Doze mortes e 5.656 notificações foram confirmadas

A Secretaria de Saúde Pública do RN (Sesap) divulgou no dia 1º de julho o mais recente boletim da dengue, com dados coletados até 25 de junho. Em todo o Estado, foram notificados 15.722 casos da doença. Já foram confirmados 5.656.

Há 99 municípios no RN com incidência alta em dengue. Natal continua apresentando os maiores índices, com 4.638 casos notificados. Em segundo lugar, vem Mossoró, com 1.949 notificações. Do início do ano até agora, ocorreram 34 óbitos suspeitos de dengue. Doze mortes foram confirmadas.

Aqui, em Mossoró, a responsabilidade pela doença é da prefeita Fafá Rosado (DEM). “Trabalhamos sobrecarregados, somos apenas 130 agentes de endemias. Hoje, existem 25 áreas da cidade descobertas. Cada área tem em média 890 imóveis. Precisamos de pelo menos mais 60 agentes. Se não houver mais investimentos e um número maior de trabalhadores, a dengue vai continuar avançando.”, alerta Ana Melo, diretora do Sindsaúde.

Enrolação

PISO SALARIAL DOS AGENTES DE SAÚDE E DE ENDEMIAS SE ARRASTA NO CONGRESSO

Há quase dois anos se arrasta no Congresso o projeto de lei que cria o Piso Salarial dos Agentes de Saúde e de Endemias, no valor de dois salários mínimos, ou R$ 1.090 (Projeto de Lei 6111/09). O governo Dilma propõe 1,4 salários mínimos e alega que 0,6% a mais gerariam um impacto de R$ 1,7 bilhão por ano no orçamento.

Entretanto, os banqueiros receberam R$ 635 bilhões do Orçamento de 2010, através do pagamento dos juros da dívida pública. “Para os banqueiros o governo tem dinheiro. Agora, quando o assunto é melhorar o salário do trabalhador, a história muda completamente.”, reclama Ana Melo, diretora do Sindsaúde Mossoró. “É preciso pressionar os deputados para que aprovem o projeto de lei. Dinheiro tem. O problema é com quem ele fica.”, conclui.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sindicato em luta

SINDSAÚDE MOSSORÓ VOLTA A MOBILIZAR SERVIDORES CONTRA TRANSFERÊNCIA DA OBSTETRÍCIA DE ASSÚ

Movimento também cobrou do governo do Estado o pagamento das férias e plantões eventuais atrasados


No dia 13 de julho, o Sindsaúde/RN de Mossoró voltou ao município de Assú para mobilizar os servidores do Hospital Dr. Nelson Inácio dos Santos contra a transferência do setor de Obstetrícia para uma Policlínica privada. A suspeita ganhou mais força depois que os donos da instituição e a Prefeitura declararam apoiar o projeto, embora a decisão seja do governo do Estado, que ainda não se manifestou oficialmente a favor da transferência.


Na ocasião, o Sindsaúde Mossoró também aproveitou o momento para cobrar da governadora Rosalba Ciarlini o pagamento imediato das férias e dos plantões eventuais dos servidores, em atraso desde o ano passado. O sindicato ainda denunciou a existência de apenas um maqueiro nas segundas-feiras e o atraso nos salários dos funcionários da empresa terceirizada JMT Service.

Para a mobilização em Assú, o sindicato levou cerca de 20 trabalhadores de Mossoró para ajudar na luta contra o fechamento da Obstetrícia do hospital. A direção estadual do Sindsaúde protocolou uma denúncia junto à Promotoria do município para que seja averiguado o caso. A Regional de Mossoró permanece vigilante na luta para que o serviço continue público. “Nós defendemos uma saúde 100% pública e estatal, não aceitamos transferência de dinheiro público para o setor privado. É preciso investir mais no hospital de Assú, e não transferir o serviço daqui para uma clínica privada. Se isso acontecer, o dono da clínica vai receber mais dinheiro do SUS, enquanto o hospital público ficará com menos investimentos.”, defendeu João Morais, coordenador do Sindsaúde de Mossoró.

E completou: “Nosso sindicato estará vigilante e vamos acompanhar a audiência que discutirá o assunto. Convocamos mais uma vez os trabalhadores e a população para lutar em defesa da Obstetrícia de Assú.”.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Lazer

CONFIRA MAIS FOTOS DO ARRAIÁ DO SINDSAÚDE MOSSORÓ

No dia 1º de julho, o Sindsáude/RN Regional de Mossoró realizou sua festa junina. O arraiá do sindicato ocorreu na AABB e contou com muito forró, bebidas e comidas típicas. A festa levou alegria aos sócios do Sindsaúde na região. Veja mais fotos.





Caos na saúde

RN tem mais de 15 mil casos de dengue notificados

Até o momento, 12 mortes e 5.656 notificações foram confirmadas

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou, no último dia 1º de julho, o mais recente boletim da dengue, com dados coletados até o último dia 25 de junho. Em todo o Rio Grande do Norte foram notificados 15.722 casos da doença. Deste número, 5.656 foram confirmados.

Noventa e nove municípios do estado estão com incidência alta em dengue. A capital, Natal, continua apresentando os maiores índices da doença, com 4.638 casos notificados. Os outros municípios que apresentam altos números de notificações são: Mossoró (1.949), Parnamirim (1.237), Santa Cruz (623), João Câmara (575), São Gonçalo do Amarante (513), Macaíba (496), Nova Cruz (421), Pau dos Ferros (399) e São Paulo do Potengi (372).

Do início do ano até agora, ocorreram 34 óbitos com suspeita de dengue. Doze mortes foram confirmadas.


Com informações da Sesap

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Atenção Trabalhadores!

Deu na Imprensa

Agentes de Saúde e de Endemias reivindicam o piso salarial de dois salários mínimos

Projeto de Lei 6111/09, que estabelece melhorias trabalhistas, está em tramitação há quase dois anos

Agentes comunitários de Saúde e de combate a endemias reivindicam melhores condições de trabalho e piso salarial da categoria. O Projeto de Lei 6111/09 está em tramitação no Poder Legislativo há quase dois anos.

A reivindicação da categoria é que o piso seja fixado em dois salários mínimos, cerca de R$ 1.000. No entanto, o governo propôs 1,4 salário mínimo e alega que o 0,6% a mais que o grupo pede geraria um impacto de R$ 1,7 bilhão por ano no orçamento. A Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (CONACS) oferece como solução para o problema um escalonamento no reajuste.

Os agentes passariam a receber 1,4 salário mínimo a partir da aprovação do projeto com o reajuste de 0,2% de salário mínimo anual durante os três anos seguintes, para chegar à diferença pedida pela categoria.

De acordo com João Morais, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (SINDISAÚDE), regional Mossoró, a luta pelo aumento e unificação do salário vem acontecendo há quase dois anos.

Ele revela que apesar de realizar trabalhos parecidos e com as mesmas cobranças, os agentes de Saúde de Mossoró ganham um salário maior do que os agentes de combate a endemias.

R$ 540,00 de salário-base, R$ 60,00 de gratificação, R$ 155,00 auxílio-transporte e 20% de insalubridade são os ganhos do agente de endemias, já os agentes de Saúde recebem R$ 731,00 de salário-base, R$ 60,00 de gratificação, R$ 155,00 de auxílio-transporte e 20% de insalubridade, além de anuênio.

“A diferença no salário é grande tendo em vista que o trabalho, responsabilidade e cobrança são praticamente os mesmos. A justificativa da Prefeitura para essa diferença salarial é que os agentes de Saúde são concursados e os agentes de endemias são apenas contratados”, comenta João Morais.


O presidente do Sindisaúde não considera justo essa diferença salarial entre os agentes. Ele conta que durante um ciclo de visitas – 45 dias – cada agente de endemia deve visitar 800 casas, mas está visitando cerca de 2.000 residências.


Ao todo são 170 agentes de endemias e 445 agentes de saúde trabalhando na cidade. “Espero que os deputados aprovem o projeto de lei que está em tramitação e todos os agentes passem a receber a mesma coisa. Salário mais alto e igual será mais justo”, finaliza João Morais.

Fonte: Gazeta do Oeste - 09/07/2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Dor no bolso

Planos de saúde ficarão 7,69% mais caros

O percentual aprovado pela ANS incidirá sobre os contratos de cerca de 8 milhões de consumidores

SÃO PAULO - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fixou em 7,69% o índice de reajuste para os planos de saúde médico-hospitalares individuais/familiares contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98. O percentual incidirá sobre os contratos de cerca de 8 milhões de consumidores, ou seja, 17% dos consumidores de planos de assistência médica no Brasil.

O reajuste poderá ser aplicado somente a partir da data de aniversário de cada contrato, mas está permitida a cobrança do valor retroativo caso a defasagem seja de no máximo quatro meses. O percentual de 7,69% é o máximo de reajuste para planos individuais/familiares médico-hospitalares com ou sem cobertura odontológica.

Fonte: O Estado de S. Paulo - 08/07/2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Festa

ARRAIÁ DO SINDSAÚDE MOSSORÓ LEVA ALEGRIA A SÓCIOS

No dia 1º de julho, o Sindsáude/RN Regional de Mossoró realizou sua festa junina. O arraiá do sindicato ocorreu na AABB e contou com muito forró, bebidas e comidas típicas. A festa levou alegria aos sócios do Sindsaúde na região. Veja fotos.











Movimento

RN: trabalhadores em greve acampam em frente à sede do governo

“Pra pressionar a governadora, unificar a classe trabalhadora!”. Esta foi uma das palavras de ordem que embalou a manifestação de centenas de servidores públicos na manhã desta quarta-feira, dia 6, em Natal. Com o objetivo de buscar uma negociação junto à governadora Rosalba Ciarlini (DEM), cerca de 400 trabalhadores estaduais unificaram suas reivindicações e fizeram um acampamento em frente à sede do governo. Dentre as categorias que permanecem em greve no Rio Grande do Norte, estiveram presentes no protesto servidores da Educação, do Detran/RN, da Tributação e da Universidade Estadual, além de setores da administração indireta.


O acampamento simbólico que unificou as lutas destes trabalhadores ocorreu junto com a paralisação nacional da educação e com o 13
º Grito da Terra em Natal, organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Norte (Fetarn). A pauta dos agricultores buscava mais investimentos e infra-estrutura para a agricultura familiar. A professora Amanda Gurgel participou do protesto e destacou a importância de unificar o movimento. “A ideia é unificar as lutas de todas as categorias em greve para alcançarmos um poder maior para pressionar o governo a negociar.”, defendeu ela. Ao final do dia, o acampamento saiu com uma negociação marcada para esta quinta-feira.

“Ei, governo aí! Pague meu plano aí!”
Diante de diversas reivindicações específicas, uma já se tornou unanimidade entre os trabalhadores em greve no Estado. O descumprimento, por parte do governo, dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários das categorias te
m deixado os servidores com suas remunerações bastante defasadas. Somado a isso, está a inflação, que continua elevando o custo de vida para os trabalhadores. Utilizando a irreverência como uma forma de luta, os funcionários da Fundação José Augusto, que cuida do patrimônio cultural do Estado, alegraram a manifestação com parodias de famosas marchinhas de carnaval. “Ei, governo aí! Pague meu plano aí, pague meu plano aí! Vai pagar. Não paga não?! Então vai ver a grande confusão. Vou fazer greve, greve até pagar. Pague, pague já! Pague meu plano aí!”, cantavam todos.

Entretanto, outras reivindicações também fizeram parte do protesto unificado, como a exigência de melhores condições de trabalho e a realização de concurso público. Em greve há mais de 40 dias, os servidores do Detran/RN
reforçaram a cobrança do cumprimento do Plano de Cargos e denunciaram a “enrolação” do governo para homologar o concurso do órgão, realizado no ano passado. “Nós queremos que a governadora Rosalba cumpra a lei e aplique as reformulações do Plano de Cargos que a categoria conquistou em 2010 com muita luta. Além disso, exigimos a imediata homologação do concurso e a nomeação dos 282 aprovados. Estamos fartos de enganação.”, afirmou Alexandre Guedes, funcionário do Detran e membro da coordenação da CSP-Conlutas/RN.

Servidores da educação não se intimidam com ameaça de corte de ponto
No dia 5, reunidos em assembleia, os servidores da educação estadual reafirmaram a continuidade da greve, que já dura mais de dois meses, mesmo sob a ameaça do governo de cortar o ponto dos grevistas. A justiça foi acion
ada para julgar o pedido de ilegalidade do movimento, mas isso não intimidou os trabalhadores. “A disposição de nossa categoria na greve e nas assembléias é a de permanecer na luta. Não estamos intimidados pela ameaça de corte de ponto. Nós estamos aqui (na sede do governo) para dizer que não concordamos com essa política de arrocho salarial e que nós não temos medo da governadora Rosalba. Não adianta nos ameaçar. É muito mais digno a gente passar um mês ou dois de dificuldade por causa dessa ameaça da governadora do que passar o resto da vida nessa mediocridade que a gente vive hoje.”, discursou a professora Amanda Gurgel durante o protesto.

Amanda ainda criticou a proposta de compor uma mesa de negociação com a justiça, e não com o governo. “A experiência que temos com a justiça não é nada boa. Nossas greves geralmente são julgadas ilegais. Não seria diferente agora. Se a justiça quer nos ajudar, então por que não obriga a governadora a cumprir a lei do Piso Nacional com efeito retroativo ao mês de janeiro?”, questionou. Além do cumprimento da lei do Piso, os servidores da educação reivindicaram ainda a equiparação dos salários dos professores de nível superior com os dos demais trabalhadores do serviço público.